Dos 298 dias transcorridos até esta terça, 25, deste ano, a capital baiana teve 228 deles marcados com pelo menos uma paralisação ou greve realizada por servidores municipais, estaduais e federais. Numa simples regra de três, para cada quatro dias, três afetaram algum serviço público em Salvador.
Bolo de 10 metros - O movimento aconteceu em frente ao shopping Iguatemi, na Avenida Tancredo Neves, onde um bolo de 10 metros de comprimento tinha como inscrição: "R$ 13 bi cresceu tem que dividir", em referência à elevação estimada na arrecadação tributária do Estado da Bahia este ano. Após apitos e palavras de protestos, o bolo gigante foi repartido com a população.
“Já que a economia baiana mostrou crescimento, não entendemos porque o governo insiste na tese do contingenciamento”, disse o presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Adilson Araújo.
A Secretaria de Administração do Estado (Saeb), responsável em responder sobre os assunto ligados ao funcionalismo público do Estado, segundo a assessoria do governador Jaques Wagner, foi procurada para se pronunciar, mas se limitou a emitir uma nota oficial na qual apenas informava que “o movimento não comprometeu o andamento dos trabalhos nos órgãos públicos estaduais”, sem fazer qualquer referência à reivindicação dos servidores públicos.
Ainda segundo a nota da Saeb, que afirma ter feito um levantamento realizado em todas as unidades hospitalares e da área de saúde no estado, “o atendimento foi considerado normal, não havendo nenhuma redução na capacidade de assistência”. Já sobre a rede de Educação, a nota afirma que houve “paralisação parcial em algumas unidades”, como o Colégio Estadual Raphael Serravalle, na Pituba, e certifica ainda que “o grande contingente de servidores e professores estaduais compareceu normalmente ao trabalho ”.
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